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Dançando no inferno com o novo Killing Joke

Acaba de ser lançado um dos dois discos que mais me interessavam em 2010: "Absolute Dissent", do Killing Joke (o outro, para vocês saberem, é o novo do ZZ Top, com produção de Rick Rubin).

Demorei muito para prestar a devida atenção na banda de Jaz Coleman. Desde sempre ouvia falar, mas, por essas coisas que não se explicam, nunca tive um disco deles.

Há alguns anos um amigo me enviou uma cópia do álbum "Killing Joke", de 2003, aquele em que Dave Grohl é o baterista, e o DVD ao vivo "XXV Gathering! Let Us Prey". Pronto, corrigi rapidamente uma injustiça de décadas e me converti imediatamente.

As guitarras lancinantes de Geordie, com seu som gelado e metálico, e a voz sensacional de Coleman se adaptam a material pesado, pop, depressivo e atmosférico.

Revistando a carreira do grupo nos anos 80, época em que era objeto de culto, descobre-se um passado bem mais interessante do que, por exemplo, o do Ministry.

Se hoje os discos das duas bandas repousam na prateleira do industrial rock, o Killing Joke pode gabar-se de ter feito barulho muito antes. Ouça o consistente "Fire Dances", de 1983, e o compare com "With Simpathy", do Ministry, lançado no mesmo ano.



Com "Extremities, Dirt & Various Repressed Emotions", de 1990, o KJ passou a soar ainda mais pesado e brutal. A sequência de lançamentos que inclui "Pandemonium", "Democracy" e o já citado "Killing Joke" é impressionante.

Hoje tive uma prévia do novíssimo e aguardado álbum. Ouvi apenas 4 de suas 12 faixas: "Absolut Dissent", "The Great Cull", "This Word Hell" e "Endgame". E a primeira impressão é de que os rumores são verdadeiros: trata-se de mais um disco primoroso.

As revistas e sites estrangeiros têm tratado esse que é primeiro trabalho com o line-up original do Killing Joke desde 1982, com absoluta reverência.

Jaz Coleman afirma que é a melhor coisa que eles gravaram na vida.

As letras são ácidas e inteligentes e, sob 10 toneladas de peso, reside um groove irresistível. Se houver uma pista de dança no inferno, com certeza está tocando Killing Joke.

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Veja abaixo um clássico do KJ dos anos 80 executado em 2005, no aniversário de 25 anos da banda.

1 comentários:

Anônimo disse...

Já ouvi o album inteiro e está EXCELENTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fazia muito tempo que não ouvia um CD que realmente me impressionasse como esse principalmente hoje onde a falta de criatividade e talento se tornou a routina! Saudades dos anos 70 e 80! Mas neste novo Killing Joke minha esperança renasceu! Cada faixa deste novo album da banda traz algo de novo sem perder o estilo que sempre os caracterizaram, muita energia e muita inspiração! Longa vida ao Killing Joke!!